Em 2008 varreu o panorama musical independente de surpresa com um disco homónimo que não passou ao lado da imprensa especializada. Menos de um ano depois, já em Abril deste ano, voltou à carga com o tradicionalmente difícil segundo disco, a que chamou Abstract Expression. A tradição parece já não ser o que era, e nada faz crer que compor este álbum tenha sido um trabalho de enorme dificuldade para o autor. Muito menos será para os ouvintes a tarefa de o escutar.
Abstact Expression, tal como o seu predecessor, provoca desde logo uma confusão natural: será este um autor de música pop altamente influenciada pela electrónica, ou ao contrário, um produtor de techno que descobriu a fusão perfeita entre este género e a canção pop mais tradicional? Qualquer dos cenários é admissível, mas o próprio Dominique faz por promover a primeira hipótese como a mais acertada, explicando que as suas raízes musicais se fundam no trabalho de ícones da pop como os Beatles ou os Beach Boys, enquanto que o processo criativo cria a ponte com a música electrónica. A acrescentar a tudo isto convém referir a educação musical clássica que o acompanhou desde tenra idade, e que ainda hoje molda o seu gosto musical, como se pode comprovar na playlist que escolheu a convite da Rádio Universidade, para o programa Pop, o Construtor.
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